A cara nova do jeans movimenta R$ 2 bi por ano

O empresário Nelson Alvarenga, da Ellus, guarda a sete chaves as pesquisas sobre novos acabamentos As vitrines da Ellus, uma das mais conceituadas do mercado nacional de jeanswear, mostram calças jeans acinzentadas ou quase brancas - é o que rege a moda no momento. Mas seu dono, o empresário Nelson Alvarenga, já prepara para o inverno de 2007 modelos bem diferentes - saem os tons lavados e volta o azul. "A tendência daqui pra frente são jeans com aparência de brutos, com azul intenso", diz Alvarenga, que costuma desenvolver a portas fechadas os efeitos especiais que aplica em seus jeans. Tudo para evitar cópias e sair na frente da concorrência. Essa exigência da indústria da moda de que o jeans - seu item mais democrático e também o mais básico - tenha sempre uma cara nova abriu espaço para o desenvolvimento de um setor que já fatura mais de R$ 2 bilhões por ano: o das lavanderias. Assim são chamadas as empresas especializadas em dar acabamento ao jeans, depois da peça pronta. O trabalho das lavanderias domina, praticamente, 100% da produção de jeans no país. Segundo um estudo inédito sobre esse mercado, coordenado por Sérgio Franco, diretor da SPPress Editora, das 454,2 milhões de peças jeans produzidas por ano no Brasil, 432 milhões passam por algum tipo de beneficiamento. O trabalho das lavanderias é amplo, vai desde banho químico, lixamento, corrosão a laser a jatos de permanganato sobre a peça já pronta. Batizado de GBL Jeans Pesquisa - Mercado Brasileiro das Empresas Beneficiadoras de Jeans, o estudo também levantou o perfil das empresas. "Elas estão capitalizadas e trabalham com maquinário atualizado", diz Franco. Ele observa, porém, que esse tipo de serviço não é exportado. O beneficiamento de jeans é um processo caro e os centros mais procurados por grifes multinacionais são Itália, Vietnã, China e México. Para ler a matéria completa, clique aqui.